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Biografia – Mário Ferreira da Silva

Mário Ferreira da Silva é um dos maiores ceramistas portugueses, com mais de 60 anos de atividade artística e representações por todo o mundo. Pode ficar a conhece-lo aqui, mas haverá muito mais a conhecer.

Nasceu em 1934 em Vila Nova de Gaia, berço da sua criação artística. Em 1957, termina na Escola Industrial e Comercial de V. N. de Gaia o Curso de Ceramista iniciando o seu percurso profissional na área da cerâmica industrial, onde pode desenvolver a sua capacidade criativa, efetuando estudos e ensaios do comportamento e transformação da matéria cerâmica, como meio de expressão plástica.

Mas o mundo esperava-o e, com o diploma de técnico ceramista em Portugal, enquanto bolseiro da Fundação Gulbenkian, foi para Itália, onde frequentou o Instituto de Arte Cerâmica Gaetano Bellardini, em Faenza, e um curso de Escultura, em Perugia. Entre 1964 e 1970, percorreu a Suiça, a Alemanha, a Inglaterra, a França, a Itália, a Holanda e a Espanha, em viagens de estudo. Pelo caminho travou amizade com alguns autores de destaque como Carlos Zauli, Biancini e Nino Caruso.

Com mais de 50 anos de atividade, ao longo das décadas o seu trabalho foi pautado por diferentes influências e exposto em centenas de galerias e museus no globo.

Década de 60

Aos 28 anos já era presença habitual nos “Salões dos Novíssimos”, bem como nas exposições do Secretário Nacional de Informação.

Década de 70

Esta foi a década da consagração internacional.

Em 1971, ruma a Nova Iorque e Washington para dirigir a colocação de 80 painéis cerâmicos da sua autoria, subordinados ao tema “a Azulejaria Tradicional Portuguesa e os Descobrimentos”, encomendados pelo Governo Português para o Fitzgerald Kennedy Center for the Performing Arts . Tem aí a oportunidade de reencontrar e conviver com o Arquitecto Edoard Sttone, autor do projeto arquitetónico.

Começa a ser distinguido por diferentes prémios Internacionais. Em 1973, é distinguido como medalha de Ouro no 31 Concorso Internazionale della Ceramica di Arte di Faenza em Italia e em 1974, em Vallauris (França), é-lhe atribuído um prémio de honra na Quatriéme Biennale Internationale de Céramique d’Art.

Desde 1973 é Membro titular da “Académie Internationale de la Céramique”, órgão consultivo da UNESCO, com sede em Genebra.

De 1978 a 1980, foi professor de Cerâmica na Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis, no Porto.

Década de 80

Ceramista reconhecido, vê na década de 80 chegar as grandes encomendas públicas nacionais, das quais se destaca a conceção e produção de um Mural Relevado em Grés Cerâmico Policromado para o “Paramento do Baptistério da Nova Igreja de Ermesinde” (1980-81).

Década de 90

Nos anos 90, assume novos desafios enquanto professor, na produção de grandes obras nacionais, bem como na promoção e recuperação da cerâmica em Vila Nova de Gaia.

Em 1990, reuniu na sua cidade natal alguns dos principais intervenientes mundiais do setor no Seminário Internacional de Cerâmica. Da conferência resultaram dois volumes intitulados “Terra / Fogo. Gaia Como Terra de Cerâmica”, com textos de Mário Ferreira da Silva, Julio Resende e Barbosa da Costa.

Foi nesta década também que aconteceram dois dos seus trabalhos de maior envergadura – em 1999, o mural cerâmico para a nova estação dos Comboios de Portugal de Ermesinde com 45m de comprimento e a sua obra mais emblemática para a Catedral de Bragança. Falamos de um painel relevado e com motivos tridimensionais para o “Paramento do Altar Mor da nova Catedral de Bragança” (1999/2000), esta obra executada em grés chamotado policromado tem como dimensões 13 750 X 12 750 cm (cerca de 180 m2). Em 1994, torna-se responsável pela regência do curso de licenciatura em Cerâmica EUAC, em Coimbra.

Anos 2000

Em 2003 foi convidado pelo Departamento de Arte Cerâmica da “Academy of Arts and Design – Tsinghua University of Beijing” (China), para integrar a publicação “A Collection of World Famous Ceramic Art Studios” – uma obra de seis volumes, bilingue – Inglês e Chinês – debruçada sobre o trabalho de 15 ceramistas em cada volume, publicada e distribuída a nível mundial em Janeiro de 2004.

Em 2016, vê publicado pela Universidade Católica do Porto um livro sobre o seu trabalho “Na nossa Catedral, para sempre nos encontraremos: D. António José Rafael e Mário Ferreira”.

Manteve a produção artística até ao final da vida com maior expressão no desenho e na poesia. Falece a 10 de outubro de 2017, em Vila Nova de Gaia.

O ATELIER

No coração da cidade que o viu nascer, a passos curtos da Cerâmica das Devesas e da Casa Museu Teixeira Lopes, um dos grandes mestres da cidade, que se localizava o atelier de Mário Ferreira da Silva. Desde a década de 70 que aqui se concentrava o seu processo criativo, logístico e de produção.

O mestre e o atelier

Onde podemos encontra-lo?

Está incluído em “NEW DIRECTIONS IN CERAMICS”, editado em Inglaterra, em “L’ART DE LA CÉRAMIQUE AUJOURD’HUI DANS LE MONDE”, das edições romenas Meridiane, em “MAESTRI DELLA CERAMICA MODERNA”, edições de 1984 e 1985, e em “A CERÂMICA EM VILA NOVA DE GAIA”, de Manuel Leão, de 1999.

Está representado em diversos museus nacionais e estrangeiros, nomeadamente no Museu Internacional de Cerâmica em Faenza – Itália; Coleção da Secretaria de Estado da Cultura; Museu Amadeo de Souza Cardoso – Amarante; Galeria Diogo de Macedo e Biblioteca Municipal de Vila Nova de Gaia; Museu de Óbidos – Portugal; Everson Museum of Art – New York – USA; bem como em numerosas coleções particulares na Europa, África, Asia e Américas.

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